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25 grandes filmes sobre solidão e depressão que você precisa ver


Há momentos em que você prefere ficar sozinho(a) por um tempo e se desligar do mundo. Você sabe que não é fácil ficar sozinho(a) e isolado(a), mas ainda sente a necessidade de ficar sozinho(a) por um tempo. Como se vê, é possível ter esse sentimento sozinho(a) sem se alienar completamente. Neste artigo, listaremos os 20 melhores filmes que abordam o tema da solidão, depressão ou alienação.

Filmes sobre solidão e depressão não são muito comuns e não são fáceis de fazer. Já que precisam de fatos precisos e devem lidar com o tema da saúde mental com delicadeza. A solidão é um sentimento que muitos de nós já sentimos em algum momento de nossa vida. Especialmente, no momento atual, muitas pessoas estão enfrentando a solidão devido à pandemia ( sim, ela não acabou ainda) e outros problemas.

Os tempos podem ser muito difíceis quando uma pessoa está solitária, ela pode até ser vítima de depressão, ansiedade social e muitos problemas mentais mais graves. As pessoas que passam por uma fase de solidão se sentem impotentes e desmotivadas. Também pode potencialmente levá-los a um comportamento ilógico ou prejudicial. As pessoas que passam pela solidão procuram constantemente uma fuga e não há melhor maneira de escapar da realidade do que os filmes.

Existem muitos filmes sobre solidão que provam ser úteis e relacionáveis ​​para milhões de pessoas. Esses filmes podem ser úteis quando retratam realisticamente a saúde mental e mudam sua visão da vida. Esses filmes não são apenas úteis para pessoas que sofrem de depressão, mas também para pessoas cujos entes queridos estão enfrentando isso. Este artigo fornece uma lista dos melhores filmes sobre solidão, depressão e isolamento. Se você quer uma visão panorâmica de como é a solidão, depressão e o isolamento sem realmente passar por isso, você pode simplesmente assistir a esses filmes.

Vamos a nossa lista SEM ordem de preferência :


25. 
"Morangos Silvestres" ( Wild Strawberries,SE,1957

"Morangos Silvestres" ( Wild Strawberries,SE,1957) é um filme sueco dirigido por Ingmar Bergman. É considerado um clássico por muitos fãs de cinema. O protagonista deste filme é um médico idoso que é forçado a refletir sobre seu estilo de vida solitário graças a uma viagem que o ajuda a encontrar uma nova perspectiva de vida.

O roteiro gira em torno do rabugento médico aposentado Isak Borg que viaja de Estocolmo para Lund, na Suécia, com sua nora grávida e infeliz, Marianne, para receber um diploma honorário da universidade onde estudou. Ao longo do caminho, eles cruzam com uma série de caroneiros, cada um deles fazendo com que o médico idoso reflita sobre os prazeres e as falhas de sua própria vida, incluindo a vivaz jovem Sara, que se parece muito com o próprio primeiro amor do médico.


24. "Ela" ( Her, Eua, 2014)

"Ela" ( Her, Eua, 2014) é um filme que retrata a vida de uma pessoa que viveu a maior parte do tempo sozinha. É estrelado por Joaquin Phoenix ( excelente como sempre) como Theodore Twombly e Scarlett Johansson como o sistema de inteligência artificial Samantha, e foi escrito, dirigido e produzido por Spike Jonze. O enredo veio de uma ideia que Jonze teve depois de ler um artigo em um site sobre mensagens instantâneas através do uso de inteligência artificial.

O filme se passa em Los Angeles, onde o solitário e deprimido Twombly trabalha como escritor profissional para pessoas que não conseguem escrever suas próprias cartas. Devido à sua solidão, ele compra um sistema operacional que possui um assistente virtual alimentado por inteligência artificial (IA). Ele a chamou de Samantha.

Theodore desenvolve então um sentimento de dependência e paixão por Samantha. Fascinado pelo quanto a IA pode aprender, seus sentimentos se intensificam após um encontro sexual verbal com ela. A paixão se transforma em amor, pois Samantha parece uma pessoa real, capaz de desenvolver emoções. No entanto, Theodore eventualmente começa a perceber que Samantha nunca será capaz de experimentar emoções reais.

O filme estreou em poucas salas, mas depois se tornou um sucesso. Ele ainda recebeu vários prêmios e indicações, incluindo Melhor Roteiro Original durante a 86º cerimônia de entrega do Oscar. Em uma pesquisa da BBC realizada em 2016, foi listado como um dos melhores filmes desde o ano 2000.


23. "Pai e Filha" (Late Spring, JP, 1949)

O estilo de filmagem discreto de Yasujiro Ozu, com sua permanência nos espaços, “travesseiros” e observação silenciosa de cenários cotidianos, parece adequado para transmitir emoção pungente e matizada. Seus melhores filmes são meditações poéticas sobre as relações familiares, a diferença de gerações e as várias decepções da vida. "Pai e Filha" (Late Spring, JP, 1949) se concentra em Noriko (Setsuko Hara), de 27 anos, que mora com seu pai Shukichi (Chishu Ryu). Ela está contente, mas Shukichi sente que sua filha deve se casar para não ficar sozinha mais tarde na vida.

As ações do pai trazem um profundo sentimento de solidão e tristeza ao filme, pois os dois são forçados a contemplar suas respectivas vidas separados. Em poucos momentos - a câmera permanece em um corredor vazio, a focada na cabeça curvada de Noriko se escondendo, mas também transmitindo seus verdadeiros sentimentos no dia do casamento, a penúltima imagem de Shukichi descascando uma maçã enquanto está sentado em uma cadeira de madeira curvada de Noriko agora ausente - todos somam um dos filmes mais emocionantes e evocativos sobre perda emocional.


22. "Encontros e Desencontros" (Lost in Translation, EUA,2003)

Você já foi para o exterior sozinho sem falar muito bem a língua local e sentiu que estava perdido na tradução? Este filme é sobre esses sentimentos. "Encontros e Desencontros" (Lost in Translation) é um filme de 2003 estrelado por Bill Murray e Scarlet Johansson. O filme conta a história de um astro do cinema americano de meia-idade chamado Bob Harris (Murray) que vai a Tóquio para uma filmagem de um comercial de uísque. 

Enquanto se hospeda em um hotel de luxo, ele conhece uma colega americana chamada Charlotte (Johansson), uma jovem graduada em filosofia que está hospedada em Tóquio com seu marido fotógrafo. Assim como Bob, ela se sente um pouco “perdida” sobre as coisas que estão acontecendo em sua vida e sente que precisa fazer uma pausa e relaxar.

O que torna este filme adequado para quem vive a solidão e o isolamento são as atuações acertadíssimas de Murray e Scarlet. Tanto Harris quanto Charlotte, seus respectivos personagens, se sentem presos, e isso os torna muito relacionáveis. Entrar em um país estrangeiro onde ninguém parece se importar com quem você é ou com o que você faz realmente faz você se perguntar: “Eu tenho vivido do jeito que eu quero?”


21. "Quando o Coração Floresce" ( Summer Madness, EUA, 1955)

Existe algum lugar no mundo mais propenso a destacar a solidão do que a romântica cidade de Veneza? É o que vamos descobrir em "Quando o Coração Floresce" ( Summer Madness, EUA, 1955). E é justamente como a turista americana de meia-idade Jane Hudson (Katharine Hepburn) logo descobre, como o romance da cidade pode rapidamente se tornar opressivo. Jane, que nunca experimentou o amor romântico, é uma peça sobressalente entre uma cidade de casais namorando por toda parte. 

O diretor David Lean, em seu autoproclamado filme favorito, destaca a alegria dos outros – cenas recorrentes de amantes andando de braços dados, o som de risos ecoando no ar – enquanto a deusa Hepburn nos entrega uma a atuação de partir o coração, cheia de um orgulho defensivo que parece ficar entra à beira das lágrimas, o aperto no peito e o labirinto da loucura encontrando o meio termo, nos trazendo uma face da solidão se simplesmente fazer doer qualquer coração frio.

Quando Jane conhece o antiquário italiano Renato De Rossi (Rossano Brazzi) em um breve encontro, no entanto, a esperança se torna eterna, e as cores da cidade, tão vividamente capturadas pela fotografia de Jack Hildyard, ganham vida – são literalmente fogos de artifício. Esses caso pode durar ou Jane achará que é melhor aceitar a realidade do que se apegar a desejos insustentáveis?


20. "A Liberdade é Azul" (Three Colours: Blue,FR,1994) 

"A Liberdade é Azul" (Three Colours: Blue,FR,1994) é um filme francês e parte de uma trilogia. É dirigido por Krzysztof Kieslowski, um renomado diretor francês. O filme recebeu vários prêmios. É a primeira parte da trilogia de Kieslowski sobre o lema nacional da França, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Seguimos Julie, uma compositora talentosa, que perde o marido e a filha em um acidente de carro. A tentativa de Julie de recomeçar a vida, livre de obrigações pessoais, pertences, tristeza ou amor, encarna o tema da libertação do filme. Ela planeja se anestesiar isolando-se da sociedade e vivendo de forma totalmente independente, anônima e solitária em Paris.

Pessoas de suas vidas passadas e presentes interferem em seus desejos, apesar de suas melhores intenções. No entanto, uma descoberta surpresa foi feita pela realidade gerada por quem cuida dela. "A Liberdade é Azul"  é um belo conto de autodescoberta e libertação do fardo do mundo.


19. "O Deserto Vermelho - O Dilema de uma Vida"Deserto Rosso, ITA, 1964)

Primeiro filme em cores de Michelangelo Antonioni" O Deserto Vermelho - O Dilema de uma Vida" ( Deserto Rosso, ITA, 1964) é uma contemplação sombria sobre a alienação em um mundo que prioriza o ganho material ao invés das relações autênticas. O filme gira em torno de Giuliana, a esposa de um operário e se encontra psicologicamente abatida e insatisfeita, Giuliana envolve-se com Corrado, colega de seu marido.

Seus esforços desesperados para se distrair dos sentimentos de isolamento não são suficientes, pois ela não consegue escapar de sua ansiedade. A história faz um ótimo trabalho ao retratar de forma realista as dificuldades de viver com a depressão. Enquanto Giuliana se volta para a bebida e o sexo para escapar de sua realidade, não se pode deixar de sentir uma profunda pena dela. 

A ideia é transmitir seu distanciamento de tudo ao seu redor, e isso é conseguido com uma visão berrante do surrealismo. O filme utiliza cores ásperas e formas nítidas para formar uma crítica contundente da industrialização e seus efeitos alienantes. Veja o que dizia o próprio Antonioni sobre o filme : “É muito simplista, como alguns o fizeram, dizer que acuso este mundo industrializado, inumano, onde os indivíduos são esmagados até à nevrose. Pelo contrário, a minha intenção foi traduzir a beleza deste mundo onde mesmo as fábricas podem ser muito belas.” (Michelangelo Antonioni)


18. "A Voz do Silêncio" (BR,2018)

Diferentes histórias se cruzam em "A Voz do Silêncio",  filme do diretor André Ristum. O que aproxima todas elas é o sentimento de solidão em uma São Paulo inóspita e povoada por anônimos. As tramas retratadas na tela são variadas: um trabalhador que se divide em dois expedientes para custear uma faculdade, uma corretora que não consegue vender nenhum imóvel, uma cantora que trabalha como stripper para pagar as contas, e outras. A forma como essas narrativas se desenrolam é lenta e gradual. Cada um dos personagens e as problemáticas nas quais estão envolvidas vão sendo revelados aos palcos para os espectadores. 

"A Voz do Silêncio" retrata a solidão na selva de pedra que são as grandes metrópoles e como todo aquele concreto isola as vidas de seus personagens que vivem em busca de remediar a dor. Obra brasileira mais do que necessária nos dias de hoje.


17. "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" (EUA,2004)

Em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" (EUA,2004) o diretor francês Michel Gondry dá voz às perguntas que muitos de nós fizemos em algum momento ou outro da nossa vida – é possível esquecer completamente outra pessoa? Devemos esquecer as experiências e decisões que nos tornam quem somos? 

Situado em um mundo vagamente futurista, o filme segue Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.

Joel e Clementine não são pessoas perfeitas de forma alguma, mas a história abraça suas falhas. À medida que o filme percorre seus altos e baixos, torcemos para que eles se encontrem, esperando que encontrem uma maneira de serem melhores, e nós também. E aqui, tanto Jim Carrey quanto Kate Winslet entregam, talvez, as melhores atuações de suas carreiras até aquele momento pelas mãos do gênio Gondry. No final, "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" (EUA,2004) é outra obra que nos dá uma aula sobre relacionamentos.


16. “Bicho de Sete Cabeças” (BR,2001)

Em o “Bicho de Sete Cabeças” (BR,2001) a diretora Laís Bodanzky nos traz um retrato da solidão que o seio familiar constrói sem saber, tudo isso personificado no personagem de Neto, interpretado por um jovem e talentoso Rodrigo Santoro lá no ano de 2001. Na trama, Seu Wilson (Othon Bastos) e seu filho Neto (Rodrigo Santoro) possuem um relacionamento difícil, com um vazio entre eles aumentando cada vez mais. Seu Wilson despreza o mundo de Neto e este não suporta a presença do pai. A situação entre os dois atinge seu limite e Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema que lentamente devora suas presas.

Uma obra de arte obrigatória para qualquer fã de cinema e psicologia já que trata de um tema pouco discutido em nossa sociedade. Laís, Santoro e Bastos nos dão uma aula sobre como algumas relações familiares podem ser tóxicas sem que pudéssemos perceber o quão perigoso vai se tornando. Filme memorável e indispensável .


15. "Mary e Max - Uma Amizade Diferente"Mary and Max, AU,2009)

Escrito e dirigido por Adam Elliot, "Mary e Max - Uma Amizade Diferente" é uma comédia sombria animada em argila, baseada em uma amizade improvável entre os amigos por correspondência Mary, uma menina de 8 anos que vive na Austrália e Max, um judeu de 44 anos que vive em Nova York. Feito quase inteiramente em diferentes tons de marrom e cinza, este conto melancólico é um filme de partir o coração, mas comovente, totalmente equipado com excelente narração de Barry Humphries e uma trilha sonora maravilhosamente ambiciosa.

Ambientado nos anos 70, vemos Mary Dinkle, uma menina de 8 anos solitária e deprimida que é negligenciada por seus pais, Noel, seu pai taxidermista e Vera, sua mãe alcoólatra. Depois de selecionar aleatoriamente um nome na lista telefônica de Manhattan, ela decide enviar uma carta ao homem, chamado Max Horowitz. Surpreendentemente, mas para sua surpresa, ela recebe uma resposta, iniciando assim o início de uma nova e improvável amizade que não é isenta de complicações. 

Questões como deficiência, doença mental, suicídio e obesidade desempenham seu papel nesta montanha-russa emocional agridoce e sinistra. Doentiamente cômico e adoravelmente abatido, "Mary e Max - Uma Amizade Diferente" é uma animação sincera e compassiva que explora várias questões atuais de maneira fantástica. Com elementos que são baseados em uma história real, este é um filme inteligente que é uma alegria absoluta de assistir.


14. "O Outro Lado da Rua" (BR,2004)

Aqui, o diretor brasileiro Marcos Bernstein aborda a solidão na terceira idade através da personagem Fernanda Montenegro que simplesmente brilha no papel de Regina , uma mulher de 65 anos que vive em Copacabana com sua cachorrinha vira-lata. Para esquecer a solidão e se distrair, ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Em uma noite ela vê através de seu binóculo o que acontece nos edifícios do outro lado da rua, e presencia o que lhe parece ser um homem ( o sensacional e saudoso Raul Cortez) matando sua mulher com uma injeção mortal. Ela chama a polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino.

E quando vc junta Montenegro e Cortez em um mesmo projeto não se pode esperar nada diferente do que FANTÁSTICO, é um show de interpretação de dois dos maiores artistas brasileiros. E, sendo bem honesto, bem lá no fundo, dá muita tristeza ao notar que esse dois poderiam ter feito outros grandes filmes juntos se nossa indústria cinematográfica fosse maior e mais sólida, Cortez nos deixaria dois anos depois em 2006 aos 73 anos, Dona Fernanda segue viva e saudável aos 92 imortalizada não só no cinema quanto na ABL ( Academia Brasileira de Letras).

Enfim, misturando humor, suspense e o romance, "O Outro Lado da Rua" ainda toca em temas atuais, como o tratamento dado à terceira idade e a violência nas grandes cidades. Talvez seja um dos poucos filmes brasileiros que retratam esses temas, uma pena, já que nossa população está envelhecendo mais rápido. O filme de Bernstein segue como uma aula.


13. "Melancolia"Melancholia, EUA,2011)

A segundo filme na trilogia "Depressão" do cineasta dinamarquês Lars Von Trier"Melancolia" é uma história de ansiedade e solidão colidindo de maneira cataclísmica. A recém-casada Justine (Kristen Dunst) e seu marido não conseguem esconder sua melancolia na recepção do casamento. Enquanto isso, um novo planeta, Melancholia, é descoberto, e os cientistas preveem que ele passará por perto da Terra em sua órbita. A irmã de Justine, Claire, tem medo de uma colisão, embora seu marido diga que existe uma pequena e remota possibilidade. 


O filme usa o fim do mundo como uma metáfora de como a depressão e a solidão debilitantes podem muitas vezes parecer, como se o mundo de alguém estivesse desmoronando. Através da tristeza constante e inexplicável de Justine, o filme transmite uma espécie de melancolia universal. Para o espectador que não está acostumado com o estilo surreal de contar histórias de Von Triers pode parecer incomum, mas sua direção artística definitivamente prenderá a sua atenção para a história.


12.  "Taxi Driver" ( EUA,1976)

"Taxi Driver"  é um filme de suspense policial dirigido por Martin Scorcese. É estrelado por Robert de Niro e Judie Foster nos papéis principais. A história do filme é focada em Travis Bickle, um ex-fuzileiro naval mentalmente traumatizado que acabou de retornar à cidade de Nova York após a guerra do Vietnã. Ele aceita um emprego como motorista de táxi noturno que constantemente, quase obsessivamente, contempla a feiura da vida ao seu redor e fica mais incomodado com sua solidão e alienação. 

Travis é um solitário insone que dirigi táxi à noite em vez de dormir, então ele sai a procura de diversão e boates e prostíbulos locais para e começa a sonhar em escapar de sua existência sombria. Ele é um pária em praticamente todos os aspectos de sua vida e é incapaz de formar conexões emocionais com ninguém. Travis flutua pela vida tentando conquistar o coração de uma mulher de quem gosta, Betsy, e salvar a vida de uma jovem prostituta que conhece pelo caminho. 

"Taxi Driver"  é filme aborda o tema da solidão e também os horrores da guerra, enfrentados por muitos soldados quando regressam ao mundo real, longe de todo o som dos tiros. É um retrato rico da solidão na cidade de Nova York do final dos anos 70 e o tipo de pedágio que leva à mentalidade de um indivíduo.


11. "Magnólia" (Magnolia, EUA, 1999)

'Magnolia' é talvez a obra mais polarizadora de Paul Thomas Anderson. Muitas pessoas o acharam instigante, de muitas maneiras emocionalmente impactantes e deslumbrantes, enquanto muitos outros o acharam monótono, autoindulgente, inchado e longo demais. Faço parte do primeiro time e não escondo isso. O longa é um estudo de personagem, um conto épico de solidão, redenção, esperança, perda, romance, ódio, tragédia, renascimento, fracasso, finais, começos, recomeços e coincidências. 

Na trama, as histórias de diversos personagens, que podem ou não se cruzar. Frank (Tom Cruise, inspiradíssimo) é uma espécie de guru sexual machista, que arrebata multidões de ogros ao ensiná-los segredos da cafajestagem. Ele é filho de Earl Patridge (Jason Robards), que está moribundo e é cuidado por um dedicado enfermeiro (Philip Seymour Hoffman), enquanto sua esposa, Linda (Julianne Moore), se afoga em pílulas. Paralelamente, um policial (John C. Reily) se apaixona por uma garota viciada em drogas, Claudia (Melora Waters). Ela, por sua vez, é filha de um famoso apresentador de um quiz televisivo (Philip Baker Hall), com quem está brigada. Por fim, há também Donnie Smith (William H. Macy, esplêndido) que, apaixonado por um bartender, acredita que chamará a atenção do homem dos seus sonhos usando aparelho de dentes.

'Magnolia' é fundamentalmente sobre pessoas solitárias tentando, sem sucesso, fazer as pazes com os traumas de seu passado. O filme começa com um nível de intensidade 10 e de alguma forma consegue sustentar um tom de melodrama contundente por mais de três horas. 'Magnolia' retrata a dor, a solidão e o anseio desesperado por algum significado que une toda a humanidade. Nos anos seguintes, isso deu origem a uma subseção inteira de melodramas tremendamente sérios sobre a aleatoriedade e a conectividade da existência humana.

O elenco do filme é magistral, porém destaco aqui o núcleo composto por Tom Cruise, Julianne Moore e os saudosos Philip Seymour Hoffman e Jason Robards cuja cena final é emocionante. O encontro entre Frank e Earl é repleto de raiva e tristeza - ele voltou para a vida de seu pai, apenas para enfrentar perdê-lo novamente, para sempre. A cena foi em grande parte improvisada, é um dos melhores momentos de Cruise na tela.


10. "Náufrago" (Cast Away, EUA, 2000)

"Wilsoooon!" com certeza você já ouviu alguém gritando esse nome por aí, "Náufrago" é outro filme que lida com o tema da solidão em um bem sentido literal. Robert Zemeckis dirigiu este filme e Tom Hanks interpreta o protagonista principal. A trama do filme gira em torno do engenheiro de sistemas da FedEx, Chuck Noland, que teve sua vida arrancada devido a um evento infeliz. Ele acorda sozinho na praia de uma ilha tropical após um acidente de avião. Ele fica frustrado no início, mas depois entende quão pequenas são suas chances de voltar para casa.

Chuck aprendeu a sobreviver sozinho depois de quatro anos: reparando sua saúde bucal, pescando com uma lança e prevendo o tempo usando um calendário feito por ele mesmo. Todos esses anos, uma imagem de seu amor Kelly manteve seus sonhos vivos. Finalmente, Chuck aproveita a oportunidade para voltar para casa, quando um barco de madeira chega à praia.

Enquanto assistimos à luta dolorosa de Chuck não apenas contra os elementos, mas contra sua própria sanidade, é difícil não sentir uma sensação de conforto e gratidão nas ações básicas que fazemos no dia-a-dia. Com seu novo melhor amigo, Wilson, uma bola de vôlei, Chuck é o lembrete de que a vida deve ser aproveitada enquanto dura. Com uma história cativante e tocante, "Náufrago" é um retrato divertido e poderoso da luta de um homem pela sobrevivência.


9. "Onde Vivem os Monstros" (Where the Wild Things Are,EUA,2009)

As vezes a infância pode ser realmente um fardo. Embora esta adaptação dirigida por Spike Jonze do brilhante livro infantil de mesmo nome de Maurice Sendak seja muitas vezes odiada ou simplesmente esquecida, e embora possa parecer uma escolha estranha para colocar aqui, o que é um sentimento mais universal durante a infância do que solidão e isolamento? Um aspecto inerente e angustiante da juventude, há tanta raiva aqui, tanto desgosto e, finalmente, tanta energia, que vê-lo derivar principalmente da solidão de nosso protagonista faz com que seja uma inclusão automática nesta lista. 

Max (Max Records), fantasiado de lobo, faz malcriações com sua mãe (Catherine Keener) por ciúmes de um amigo dela (Mark Ruffalo). Como castigo, é mandado para o quarto sem jantar. Max resolve fugir de casa e usa a imaginação para criar uma misteriosa ilha. Lá ele encontra vários monstros, que vivem em bando. Max afirma possuir poderes e acaba nomeado rei do grupo. Responsável por evitar que a tristeza tome conta do lugar, ele passa a criar uma série de jogos para mantê-los em constante diversão.

Este filme tem muitos níveis de emoções e pode ser relacionável para pessoas de todas as idades, mesmo que algumas pessoas possam confundi-lo com um filme infantil. O diretor Spike Jonze já lidou com o assunto da solidão antes em seus filmes e "Onde Vivem os Monstros" é um exemplo semelhante de sua compreensão desse assunto. Seja a solidão sentida em um lar desfeito ou a solidão sentida por um irmão que prefere fazer qualquer coisa do que passar tempo com você, há algo tão lindamente cru e visceral aqui, algo tão devastador e real, que realmente se destaca como um dos os melhores filmes dos anos 2000. 


8. "Profissão: Repórter" (The Passenger, ITA, 1975)

Sim, ele novamente, o gênio italiano. Alguém poderia pensar, dada sua filmografia, que “Michelangelo Antonioni” é apenas italiano para “isolamento e solidão realmente assustadores e realmente opressivos”. Brincadeiras à parte, o cânone de Antonioni está repleto de meditações sobre a solidão, nenhuma mais assustadora ou poderosa do que, digamos, uma de suas muitas obras-primas, "Profissão: Repórter"

Uma história sobre um homem que troca de identidade com um amigo recentemente falecido que ele fez enquanto estava no Saara trabalhando em um documentário, o filme é tão bonito e bem trabalhado quanto absolutamente opressivo e inesquecível. Apresentando uma virada de tirar o fôlego e Jack Nicholson está sensacional , o filme retrata o Saara como sendo inescapável como a própria mente de nosso personagem principal, e quase tão vazio também. As cenas deste filme ficarão gravadas em sua mente por anos depois de ver a imagem, e se você não se perder na estética, certamente se perderá em uma meditação sobre a solidão tão lírica e espiritual quanto o cinema já promoveu. 

Um dos melhores e também menos conhecido trabalho de Jack Nicholson, "Profissão: Repórter" é um exame assombroso do desejo de escapar e começar de novo e é sem dúvida o melhor filme inglês de Antonioni, eclipsando 'Blow-Up - Depois Daquele Beijo' e ' Ponto Zabriskie'. O papel de Nicholson como um jornalista de televisão cansado do mundo (David Locke) não é particularmente exigente, mas é fascinante vê-lo dar uma performance tão diferente de qualquer outra coisa que vimos dele nos filmes da década de 70.


7. "Despedida em Las Vegas" (Leaving Las Vegas, EUA, 1995)

"Despedida em Las Vegas" é um conto desesperado de duas almas desesperadamente perdidas e suas lutas contra o vício e a solidão. Nicolas Cage estrela ao lado de Elizabeth Shue neste sombrio retrato de um homem e sua aflição incapacitante com o alcoolismo.

Em Los Angeles, Ben Sanderson (Nicolas Cage) é um alcoólatra que, após ter sido demitido da produção de um filme, decide dirigir até Las Vegas, onde planeja beber até morrer. Lá conhece Sera (Elisabeth Shue), uma prostituta que também morou em Los Angeles, por quem se apaixona. Ele acaba indo morar na casa dela, sendo que ela respeita o fato dele ser alcoólatra e ele respeita seu modo de ganhar a vida. No entanto, a deterioração dele entrou em um processo irreversível.

Uma história de amor intensamente deprimente, "Despedida em Las Vegas" também contém provavelmente uma das melhores performances de Cage que provavelmente veremos nas telas. Seu retrato de um homem nos estágios finais do alcoolismo foi premiado com um Oscar de melhor em 1996 e sua química na tela com Shue é inquestionável assim como é imperdoável a atriz não ter sido premiada com o Oscar de melhor atriz junto com seu colega de cena. "Despedida em Las Vegas" é um filme sombrio, mas digno, poderoso e emocional.


6. "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" ( Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, FR, 2001)

 "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" o filme do diretor francês de Jean-Pierre Jeunetrepresenta tudo de inovador no cinema ao lidar com o motivo central da solidão, o filme se aventura humanamente na vida conturbada dos parisienses contemporâneos. Fundamentalmente, conta a história de uma jovem garçonete que se aventura a mudar positivamente a vida das pessoas ao seu redor enquanto luta para se reconciliar com sua própria solidão. Ao contrário de outros filmes sobre o tema da solidão, dá uma sensação peculiar e agradável ao público.

Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

 Você nunca pensou que a solidão pudesse ser tão quente e cheia de vida, não é? Um trabalho inovador de Jean Pierre Jeunet e um dos filmes mais calorosos e vitais já feito, este filme chegou aos cinemas em 2001 e ainda sim parece atual. Como uma peça de cinema original que vimos neste século, o filme é frequentemente citado como uma escolha bastante padrão para amantes de cinema o redor do mundo como um de seus “filmes favoritos”, mas "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é realmente um filme sem uma comparação justa. É diferente de qualquer filme que você já viu.


5. ‘Solaris’ (Solyaris,URSS, 1972)

Um dos filmes mais singulares do cinema global, a obra-prima russa de Andrei Tarkovsky ‘Solaris’ é um filme calmo e contemplativo que se esforça para compreender o significado da existência humana. Focando principalmente no conceito de identidade e autodescoberta em uma narrativa bastante complexa, ‘Solaris’ lida com tato com o conceito de solidão e apresenta respostas filosóficas intrigantes.

O famoso psiquiatra Kris Kelvin (Donatas Banionis) vai à estação espacial Solaris com uma importante missão científica: decidir se deve o trabalho realizado de investigação sobre um misterioso planeta deve continuar. Ao chegar à estação Kelvin já é surpreendido pelo suicídio de um dos integrantes da tripulação, sendo que outros dois, Snaut (Jüri Järvet) e Sartorius (Anatoli Solonitsyn), estão à beira da loucura. Com o tempo o próprio Kelvin passa a se sentir estranho, tendo transes oníricos onde vê sua ex-esposa Hari (Natalya Bondarchuk), falecida há anos.

Indiscutivelmente a maior influência da Gravidade, o filme de Tarkovsky é a meditação definitiva baseada em ficção científica sobre o impacto do isolamento e da solidão na psique humana. Sendo um dos maiores filmes de ficção científica já feito , este filme tenta cavar fundo na mente de seu personagem central, perguntando coisas que todos nós encontraríamos se estivéssemos completamente e totalmente sozinhos, em um lugar que não tem entendimento. Com um grande senso de atmosfera e uma trilha sonora densamente pensativa, Tarkovsky cria uma obra-prima de um drama de ficção científica que está tão interessado no isolamento de seu personagem principal quanto cavando fundo em sua própria consciência, enquanto, por sua vez, faz uma poderosa e universal declaração sobre as ideias de amor e perda. 


4. Cinema Paradiso ( ITA,1988)

Cinema Paradiso é filme que desmascara todas as fases da vida. Eu acho que é um erro vê-los como fases; como algo que tem um fim desde o início. Você pode pensar nelas como tons que intensificam e envolvem você em momentos felizes e tristes. Você aprende a deixá-los ir não porque eles não o servem mais, mas porque você não os serve. A vida não é apenas tristeza ou miséria ou dor, isso fica ainda mais claro por causa de filmes como Cinema Paradiso. Um a um, nos encontramos sem resistência da mesma forma que encontramos pessoas na tela do cinema. Nós somos os atores que vemos se desenrolando diante de nossos olhos postos em movimento ao som do acaso e da realidade.

Nos anos que antecederam a chegada da televisão em uma pequena cidade da Sicília, o garoto Toto (Salvatore Cascio) ficou hipnotizado pelo cinema local e iniciou uma amizade com Alfredo (Philippe Noiret), projecionista que se irritava com certa facilidade, mas tinha um enorme coração. Todos estes acontecimentos chegam em forma de lembrança quando Toto (Jacques Perrin), agora um um cineasta de sucesso, recebe a notícia de que Alfredo faleceu.

Cinema Paradiso é um filme reconfortante. É uma cura para a solidão porque tira você da sua realidade e o coloca em uma realidade pungente e melancólica. No entanto, uma vez que você chega muito perto da felicidade que ela emana, ela o cobre em um cobertor de melancolia e saudade. A história é um desses tipos sentimentais e inflexíveis. Você sente mais do que pode ver. É visualmente encantador; a cabine de projeção, os filmes em preto e branco, o teatro barulhento e desgastado, os assentos que inundam o salão e a infinidade de rostos humanos, todos de olhos arregalados e boquiabertos na tela do projetor. Simplesmente uma obra-prima do cinema mundial.


3. Coringa ( Joker, EUA,2019)

Coringa é um filme baseado no personagem de mesmo nome da DC Comics de todos os tempos. É uma visão moderna desse personagem. Este filme é dirigido por Todd Phillips. O filme é estrelado por Joaquin Phoenix, Robert de Niro e Zazie Beetz nos papéis principais.

Em Coringa, Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.

Coringa não fala apenas da questão do auto-isolamento, da solidão, da ansiedade social, da falta de amor familiar, da desigualdade social, mas também a importância da conscientização sobre a saúde mental. Talvez seja o mais maduro filme inspirado nos quadrinhos atualmente e, junto com uma bela cinematografia o tornaram o favorito entre muitos cinéfilos.


2. Christine: Uma História Verdadeira (Christine , EUA, 2016)

Antonio Campos e o escritor Craig Shilowich sugerem que a solidão e a depressão foram centrais para os problemas de Christine, ao mesmo tempo em que reconhecem sua frustração com o local de trabalho sexista da década de 1970 e a natureza sensacionalista da mídia em que trabalhava. espinhoso, impetuoso e brusco, mas também é vulnerável, socialmente desajeitado e profundamente sensível.

No ano de 1974, Christine Chubbuck (Rebecca Hall), ambiciosa e talentosa repórter de uma emissora local de televisão, entra em crise por frustrações profissionais e amorosas e toma uma decisão que os telespectadores em Sarasota, Flórida, jamais esquecerão. Baseado em fatos reais.

A descoberta de uma condição ovariana que pode impedir Christine de conceber, juntamente com uma paixão por um colega que corrói sua já frágil auto-estima, transforma a solidão em algo mais psicologicamente prejudicial. Seja qual for a ética em assumir as motivações de um indivíduo, Christine: Uma História Verdadeira é um retrato solidário que reconhece o poder da solidão para definir a vida das pessoas.


1. O Iluminado ( The Shining, EUA,1980)

O Iluminado é um filme de terror psicológico baseado em um livro escrito por Stephen King. É dirigido por Stanley KubrickÉ impossível falar de filmes sobre solidão sem falar de O IluminadoEste filme é um pouco diferente dos outros nesta lista. É um filme de terror psicológico que conta a história de um aspirante a autor que se tornou um assassino monstruoso.

Durante o inverno, um homem (Jack Nicholson) é contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo em que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo.

Esteja você assistindo pela primeira vez ou pela centésima vez, esta obra-prima de terror nunca é menos do que apavorante. De fato, esse é o caso desde o momento em que sua icônica cena de abertura, com seu passeio ventoso pelas Montanhas Rochosas e sua música tema sinistra, inicialmente se arrasta pela tela. Interpretando o novo zelador do hotel Overlook , Jack Nicholson tem um desempenho excepcional e um de seus melhores trabalhos nas telas como um homem mergulhando em um delírio descontrolado em seu novo ambiente isolado (e assombrado), Shelley Duvall e Danny Lloyd também fazem história como a  esposa e filho de Torrance. Obra-prima de Kubrick odiada pelo autor do livro Stephen King.


Bônus :

Asas do Desejo ( Der Himmel über Berlin, GER, 1987)

Uma criação única do cinema mundial, o empreendimento franco-alemão de Wim Wenders 'Asas do Desejo' explora o conceito de solidão de uma perspectiva fantástica. O filme narra a história de um anjo imortal que se apaixona por um ser humano solitário. Filmado em sépia e cor, o primeiro tom significa o mundo habitado pelos anjos. Wanders conquistou o prêmio de melhor diretor no Festival de Cinema de Cannes pelo filme. O filme conquistou um status cult ao longo dos anos e inspirou vários remakes em vários idiomas.

Na Berlim do pós-guerra, Damiel (Bruno Ganz) e Cassiel (Otto Sander) são anjos que vagam pela cidade. Invisíveis aos mortais, eles leem seus pensamentos e tentam confortar a solidão e a depressão das almas que encontram. No entanto, um dos anjos, quando se apaixona por um trapezista (Solveig Dommartin), quer abrir mão de sua imortalidade para se tornar humano e vivenciar as dores e alegrias de cada dia.

Completo com uma trilha sonora maravilhosa, filmagens poderosas e um enredo verdadeiramente comovente, 'Asas do Desejo' é uma história de amor romântica e profunda, maravilhosamente dirigida por Wim Wenders.


Menção honrosa :

Janela Indiscreta (Rear Window, EUA,1954) , Wall·E (EUA,2008) , Na Natureza Selvagem (Into the Wild, EUA,2007) , Amores Expressos ( Chung Hing Sam Lam, CH, 1994) , Eu Sou a Lenda ( I Am Legend , EUA, 2007) , Réquiem para um Sonho ( requiem for a dream , EUA, 2000) , O Raio Verde (Le Rayon vert, FR, 1986) , Distante ( Uzak, TR, 2002), Paris, Texas ( FR,1984) , Shame (GB,2011), O Medo Consome a Alma ( Fear Eats the Soul, FR, 1974) , Se Meu Apartamento Falasse ( The Apartment , EUA,1960) , A Conversação (The Conversation,EUA,1974) Clube da Luta (Fight Club,EUA,1999), Embriagado de Amor ( Punch-Drunk Love,EUA,2002) dentre outros.


Conclusão:

Toda arte reflete as condições de sua gênese. Olhando para esses filmes, não se pode deixar de sentir que é um esforço profundamente humano por parte dos artistas contar histórias sobre algo tão universal quanto o isolamento. Tendo passado a maior parte dos dois anos trancados em nossas casas, esses filmes são mais relacionáveis ​​do que nunca. 

O isolamento pode ser desagradável às vezes, mas também pode lhe dar uma sensação de paz e tranquilidade. Embora a solidão seja frequentemente associada à dor e à falta de conexão social, também pode ser uma ferramenta para ajudá-lo a perceber onde está sua felicidade.

Esperamos que a lista que compartilhamos acima tenha ajudado você a entender como é a solidão. Não sugerimos que você se isole do mundo, mas também não acreditamos que a solidão seja uma experiência totalmente negativa.

1º TAKE

O 1º TAKE é um espaço criado para dividir com os leitores assuntos interessantes sobre música,séries, cinema, teatro e arte em geral. Blog editado pelo louco Walther Jr. ,um espectador apaixonado por cinema,teatro,música,cerveja, vinho,pizza,pão na chapa,churrasco,lasanha,empada,pão de queijo... Ou seja,sou normal como todo mundo, não esperem nada profissional por aqui. Forte abraço e um viva a sétima arte.

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