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Django Livre | 12 curiosidades sobre o faroeste 'spaghetti' de Tarantino


Sucesso de público e crítica nas telas em 2013, o filme Django Livre, de Quentin Tarantino, nos mostra uma visão alternativa sobre a escravidão nos EUA durante o século XIX. O filme busca apresentar a crueldade da escravidão naquele país, ao mesmo tempo em que se insere em uma proposta de criar uma “revanche histórica”, na qual os vencidos se veriam, ao menos por um momento, como vencedores neste conflito entre os escravocratas de origem europeia e os povos africanos escravizados. Aliás, essa "distorção" histórica tem sido comum nos últimos três filmes do diretor, vista primeiro em Bastardos Inglórios (2009) , depois Django Livre (2013) e "Os Oito Odiados" (2015). Alguns fãs chamam de "linha do tempo Tarantinesca", que é usada como um grande recurso narrativo nas suas obras mais recentes.

Confira as curiosidades por trás do filme Django Livre :



1º. Criando Django

Quentin Tarantino escreveu o personagem Django pensando em Will Smith, mas o ator acabou não aceitando o papel. Além de Smith , Michael K. Willians também foi considerado para o personagem, porém no final James Foxx ganhou o papel. Segundo Will Smith o filme de Tarantino era muito violento e também houve divergências de idéias entre Tarantino e Smith.



2º. Inspiração

Tarantino se inspirou no filme Django (1966) escrito e dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero. O ator fez uma pequena participação em Django Livre. O termo “Mandingo” usado para se referir aos escravos que são treinados para lutar contra outros escravos no filme de Tarantino, foi retirado do filme Mandingo de (1975), curiosamente o filme Mandingo conta a historia de escravos que são treinados para lutar contra outros escravos.


3º. Outros atores cotados

Smith e K. Willians não foram os únicos cotados para o papel, Idris Elba, Chris Tucker, Terrence Howard e Tyrese Gibson estiveram cotados para interpretar Django. Kevin Costner foi escolhido para viver Ace "Big Daddy" Woody, mas teve que deixar a produção por problemas de calendário. 

Outros atores que também estavam ligados ao projeto e acabaram desistindo, entre eles Sacha Baron Cohen, Kurt Russell e Joseph Gordon-Levitt. A principal desculpa foi conflito de agendas, mas suspeita-se que alguns deles não queriam enfrentar as controvérsias comuns nos filmes de Tarantino. Russel já tinha trabalhado com o diretor em 2007 no filme À Prova de Morte ( Death Proof ), recusou um papel em Django Livre e, acabou aceitando o papel de John Ruth, um caçador de recompensa no filme "Os Oito Odiados" (2015), também dirigido por Tarantino.



4º. A Cena Inicial 

Quentin Tarantino estava no Japão promovendo Bastardos Inglórios (2009) e teve uma tempestade de ideias, ele afirmou: “A cena inicial me veio inteira. A fila de escravos, a explosão de violência, até o cavalo do Dr. Schultz. Falei com os produtores e, neste sentido, sim, o filme foi consequência do sucesso de Bastardos. Eles toparam na hora.”



5º. A Parceria

Django Livre marca a quinta parceria entre Samuel L. Jackson e Quentin Tarantino. Eles trabalharam juntos em Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994), Jackie Brown (1997), Kill Bill - Volume 2 (2004) e Bastardos Inglórios (2009) Jackson é o narrador desse último. O ator descreveu o clima agradável nos sets do diretor, disse que bebiam e ouviam música todos os dias. Jackson voltaria a trabalhar com Tarantino em 2015 no filme Os Oito Odiados , sendo este a sua sexta parceria.


6º. Waltz, DiCaprio e Tarantino

Leonardo DiCaprio, que vive o vilão Calvin Candie em Django Livre, era a primeira opção de ator para interpretar o antagonista Hans Landa em Bastardos Inglórios (2009). No entanto, o diretor Quentin Tarantino decidiu escalar um ator fluente em alemão. Um tal de Christoph Waltz que na era conhecido na Europa e não no resto do mundo. Ao dar vida ao egocêntrico nazista Land, Waltz ganhou seu primeiro Oscar de melhor ator Coadjuvante por Bastardos aos 53 anos de idade e, alguns anos mais tarde, ganharia seu segundo Oscar na mesma categoria interpretando o Dr. King Schultz, o mentor de Django.


7º. O Desconforto de um Astro 

Leonardo DiCaprio admitiu que interpretar um vilão racista e arrogante em Django Livre, novo filme de Quentin Tarantino, não foi uma tarefa fácil. Em entrevista ao site The Playlist, o ator contou que se sentiu desconfortável na pele do fazendeiro escravagista Calvin Candle.

“Essa é a primeira vez que interpreto um personagem tão desprezível. Foi um ambiente inacreditavelmente desconfortável para se estar. Eu vi o racismo crescer, mas o grau em que eu tinha de tratar as outras pessoas nesse filme foi perturbador. Foi uma situação muito desconfortável”, afirmou ao site em 2012.

“Um dos momentos cruciais para mim e para esse personagem foi essa lida inicial de roteiro, quando levantei a questão, ‘Temos de chegar a esse ponto? Isso precisa ser tão violento?’. E os atores e Quentin disseram, ‘Se você adoçar o personagem, as pessoas vão ficar bem ressentidas com você’. Isso foi o que me fez ir até onde fui com o personagem. Se você for ler sobre as fazendas canavieiras, percebe que nesse filme estamos só arranhando a superfície”, argumentou.


8º. Figurino 

Thomas Gainsborough foi um artista do Arcandismo, ele é ator de diversas pinturas artísticas, o traje manobrista que Django usa quando vai a procura dos irmãos Brittle foi inspirado em sua pintura a óleo O Garoto azul de 1770. Jamie Foxx usou seu próprio cavalo, Cheetah, no filme.


9º . A perda

Primeiro filme de Quentin Tarantino que não foi editado por Sally Menke, ela que esteve com Tarantino em toda a sua obra, desde “Cães de Aluguel”, de 1992, até a morte dela, em 2010. Os dois eram amigos de longa data, Sally foi indicada ao Oscar por 'Bastardos inglórios' e 'Pulp fiction'.


10º . Spike Lee x Tarantino

Spike Lee não quer nem saber de assistir Django. Em entrevista à revista Vibe em 2012, o cineasta afirmou que não assistiria ao filme por considerá-lo ofensivo. "Eu não posso falar sobre o filme porque não vou assisti-lo. Tudo que vou dizer é que é desrespeitoso aos meus ancestrais. É o que eu penso... não estou falando por mais ninguém", declarou Lee. Em outra ocasião o diretor disse: "A escravidão nos Estados Unidos não foi um faroeste 'spaghetti' de Sergio Leone. Foi um Holocausto. Os meus antepassados são escravos, capturados da África. E preciso honrá-los.". Os dois cineastas têm uma relação conflituosa desde que Lee criticou “Jackie Brown” (1997), longa de Tarantino que explora o blaxploitation dos anos 1970, na época de seu lançamento.


11º . A Hora da bronca

Quando foi confirmado no papel principal do novo filme de Quentin Tarantino, Jamie Foxx já era um ator premiado com um Oscar de melhor ator por "Ray" de 2004, além de outras indicações na maior premiação da indústria do cinema. Foi o segundo na história do Oscar a ser indicado no mesmo ano nas categorias de melhor ator e melhor ator coadjuvante. Antes apenas Al Pacino havia conseguido tal feito, com Perfume de Mulher e O Sucesso a Qualquer Preço, ambos de 1992.

Mesmo com um curriculum como esse, Foxx não teve paz durante as filmagens do longa de Tarantino. O ator falou sobre sua experiência com o diretor em Django Livre e que levou uma dura do diretor durante os primeiros dias de filmagens. 

Confira a bronca:
“Que p... foi essa? Eu sabia que teria esse tipo de problema. Toda essa m... você tem que ser a p... de um escravo! Ele é um escravo. Ele não é legal. Ele é um escravo. Ele não sabe ler. Você chega aqui com a p... da sua mala Louis [Vuitton] e o seu Range Rover. Ele não é o Jim Brown [lendário jogador de futebol americano]. Ele é a p... de um escravo. E depois, somente depois, ele se torna um herói. Para de fazer essa m..”, afirmou. A declaração foi dada durante uma entrevista ao The Howrad Stern Show. Contudo, Foxx explicou que não tem nenhum problema com o diretor e trabalharia com ele mais mil vezes se pudesse.


12º . Premiações

- Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante (Christoph Waltz);

- Recebeu outras três indicações ao Oscar: Filme,  Fotografia e Edição de Som;

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Roteiro e Ator Coadjuvante (Christoph Waltz). Concorreu ainda à Melhor Filme - Drama, Direção e Ator Coadjuvante (Leonardo DiCaprio);

- Recebeu 5 indicações ao BAFTA: Direção, Roteiro Original, Som, Edição e Ator Coadjuvante (Christoph Waltz);

- Premiado como Melhor Roteiro no Hollywood Film Festival;

- Ganhou o National Board of Review de Melhor Ator Coadjuvante (Leonardo DiCaprio);

- Orçado em US$ 100 milhões, faturou mais de US$ 130 milhões somente nos Estados Unidos;


Na trama de Django Livre, ambientada no sul dos Estados Unidos dois anos antes da Guerra Civil (1861-1865), Django (Jamie Foxx) é um escravo cujo histórico brutal com seus ex-senhores o coloca cara a cara com o caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Os dois passam a caçar criminosos pelo sul dos EUA e vão ao resgate de Broomhilda (Kerry Washington), esposa de Django perdida para o tráfico de escravos. A busca acaba levando-os até Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), o proprietário de "Candyland", uma fazenda abominável onde os escravos são preparados pelo treinador Ace "Big Daddy" Woody para lutarem entre si por esporte.

Confira o trailer do filme:


1º TAKE

O 1º TAKE é um espaço criado para dividir com os leitores assuntos interessantes sobre música,séries, cinema, teatro e arte em geral. Blog editado pelo louco Walther Jr. ,um espectador apaixonado por cinema,teatro,música,cerveja, vinho,pizza,pão na chapa,churrasco,lasanha,empada,pão de queijo... Ou seja,sou normal como todo mundo, não esperem nada profissional por aqui. Forte abraço e um viva a sétima arte.

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